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Quando pensava que o Sapinho já me tinha esquecido, dia 30/06 apareceu um recorte. Ohhhh, obrigada!
Levei muito tempo até criar o blogue, ora porque não tinha um nome para lhe dar, ora porque eu e os computadores não temos boas relações, pelo que visualmente nunca estaria a meu gosto (ainda não está!), ora porque me faltariam as ideias. No entanto, decidi avançar. A verdade é que sou uma papa blogues, muitas vezes tive vontade de comentar alguns posts e não o fiz porque não tinha nada meu para mostrar. Como não gosto de relações unilaterais, acho justo que o autor do post que eu comento, caso queira, possa conhecer um pouco de mim. Mas esse "um pouco de mim", queria que fosse a minha parte mais "leve" (e agora não estou a falar em dietas) e divertida, como a minha paixão pelos gatos, por sapatos, pelos ursinhos da Tous, todas as roupas e objetos espetaculares que descubro, os livros que leio, algumas refeições que preparo… mas há alturas em que a vida não é leve nem alegre.
Domingo, na hora do jornal das 8, liguei a televisão e acendi o computador. Ia escrever qualquer coisa, mas ouvi a notícia da morte do filho da Judite Sousa e não consegui escrever nada. Nunca vi pessoalmente a Judite Sousa, tão pouco conheci o seu filho. Como não sou mãe, também nunca senti esse amor incondicional que as mães que conheço dizem sentir. No entanto, já vi de perto mães e pais a chorar a morte dos seus filhos e, infelizmente, sei o que é aos 29 anos perdermos um amigo da mesma idade que nós, aquele com quem mais brincámos na infância, aquele a quem segredámos os amores e desamores da adolescência, aquele que conhecia os nossos projetos para o futuro. Sei o que é, passados 5 anos, pegar instintivamente no telemóvel para contar uma novidade e já não haver ninguém do outro lado. E se a morte de um amigo dói tanto, não quero sequer imaginar o que será a morte de um filho.
Foi um resto de domingo triste, tem sido uma semana triste.
Espero, do fundo do coração, que a mãe Judite Sousa, e todas as mães que perderam filhos, consigam reencontrar um sentido para a vida.