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Sou filha de pai Benfiquista e mãe incógnita (a bem da verdade, nos últimos anos, e muito devido às más influências do meu irmão mais novo, parece-me que está com umas certas tendências portistas, pelo que prefiro que o seu clube permaneça uma incógnita). Então, sendo eu a primogénita de um Benfiquista, seria de esperar que, em criança, tivesse tido pelo menos, já nem digo uma t'shirt do clube, mas um boné ou um cachecol. Mas não, não tive nada (ok, aos 12 anos visitei o Estádio da Luz e como fazia coleção de pins, o meu pai ofereceu-me um do clube, que juntei aos outros 30 que tinha). Hoje, sei que foi melhor assim. Com o meu irmão mais novo foi diferente. Assim que nasceu, um tio portista ferrenho ofereceu-lhe o equipamento do porto e, mal começou a dizer as primeiras palavras, foi bombardeado com frases do tipo "o porto é o maior". Pobre criança... pobre papagaio! Já lhe disse que ser de um clube não é o mesmo que ter nascido numa religião fundamentalista, que pode mudar e não será condenado a coisíssima nenhuma por isso. Bolas, temos cabeça para pensar e, por isso mesmo, fazer escolhas em consciência. Não quero com isto dizer que, se ele parasse para pensar, inevitavelmente optaria por ser Benfiquista (ok, havia uma alta probabilidade, sim) mas, pelo menos, escolhia de forma consciente, de acordo com os seus valores.
Eu já era adulta quando escolhi ser Benfiquista e fi-lo depois de perceber a história e os valores do clube, logo, fi-lo em consciência. Só este ano comprei a minha primeira bandeira e o meu primeiro cachecol. Quanto ao jogo de ontem, há dias que a sorte parece estar do nosso lado, há outros que não, como em tudo na vida.
Eu, sou Benfiquista nas vitórias e nas derrotas.
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